A contabilidade é tão antiga quanto a civilização. Há quase 25 anos atrás ao ler a obra “HISTÓRIA GERAL E DAS DOUTRINAS DA CONTABILIDADE” do maior pensador brasileiro que a contabilidade já conheceu, o Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá. Este referido autor por volta da década de 40 ou 50 começou a estudar obras europeias. Numa época que sequer havia internet. Neste brilhante livro de modo resumido posso dizer que o autor comenta que a contabilidade era feita de modo rudimentar, ou melhor, antes mesmo da invenção dos números. O homem primitivo não conhecia números. E como era feita a contabilidade? O humano primitivo avistava o rebanho de ovelhas e fazia marcações por traços. Cinco ovelhas, 5 traços. É sabido, que foi encontrado nas rochas registros contábeis e posteriormente nos antigos livros, os papiros. Mas, a evolução inicialmente se deu em dois momentos: Nas grandes navegações e a revolução industrial. Notadamente, nas grandes navegações, especialmente por volta de 1494 o matemático italiano Frei Luca Pacioli escreveu a obra Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita. Pacioli considerado o idealizador do método das partidas dobradas apresentava o enunciado universalmente seguido no mundo inteiro: ” Para cada débito há um crédito de igual valor e vice-versa”. Há que elucidar também as escolas do pensamento contábil(contismo, personalismo,controlista,aziendalismo,patrimonialista e americana). Vale ressaltar que neste escrito não cabe por enquanto dissertar sobre as escolas do pensamento contábil, deixando-os para momento oportuno. É importante ainda frisar que a nossa era global quanto escola contábil é a escola neopatrimonialista. Termino este pequeno artigo procurando mostrar que a contabilidade é tão antiga quanto a origem de nossa civilização, além do que não é apenas ciência, mas contudo é técnica e arte.
Lucivando Coriolano
Contador Municipal/Professor Empreendedor/Youtuber/Escritor/Entusiasta de Ciência da Computação