NO PASSADO CONTADOR BUROCRATA, PRESENTE E FUTURO CONTADOR CONSULTOR

Prof. Coriolano Contabilidade

Prof. Coriolano Contabilidade

Bacharel em Contabilidade pela Universidade Federal de Pernambuco e pós graduado em auditoria.

O decreto Lei nº 9295/46 instituiu o Guarda Livros. A origem desse termo remonta a atividade principal desse profissional que era de escriturar e manter em boa ordem os livros mercantis. Este era um trabalho extremamente mecanicista, pouca especialização e quase nenhum conhecimento científico. Com o milagre econômico surgido no governo militar na década de 70 a contabilidade foi evoluindo, de tal modo que surgiu um de fato um contador, mas ainda de fato pouco especializado, isto é, uma espécie de burocrata. Profissional este preocupado ainda com as obrigações impostas pelo governo e pouca ou quase nenhuma em atendimento ao cliente ou elaboração de cunho científico das Demonstrações contábeis. Deve haver preocupação com as obrigações acessórias (SPED, DASN,SEFIP etc), mas sem menosprezar a contabilidade tradicional(Balanço patrimonial e DRE) e relatórios gerenciais.

Acredito que grande parte do perfil ainda existente do contador preocupado mais em atender ao fisco do que gestão empresarial esteja ligado ao perfil estudantil de muitas faculdades Brasil afora. Perfil que vem moldando o contador. Recentemente, participei uma “Live” cuja temática era: O papel do Contador nas Organizações. Relatava para o colega de Profissão Nildo Moraes e participantes desse evento ao vivo que nem mesmo muito contadores sabem qual a função dentro das organizações sobre as quais presta serviços. Nem o empresário sabe, tão pouco muitos contadores.

Hoje, devido as mudanças tecnológicas a contabilidade tem mudado. Há quem pense que o avanço tecnológico extinguirá a profissão. A meu ver isso é um equívoco na medida que as automatizações disponibilizarão mais tempo para os empresários da contabilidade elaborar peças contábeis capazes de fornecer informações úteis ao gestor para a tomada de decisões gerenciais. Portanto, é valido afirmar que o contador está preocupado não só apenas com quanto vai pagar de tributos, mas também como formar o preço de seus produtos ou serviços, por exemplo.

Ainda assim, somos vistos como alguém atrás de uma mesa empilhada de papéis e uma calculadora. Esta imagem do passado será possível à medida que a classe contábil se unir. Uma boa forma disso são parcerias em eventos presenciais ou ao vivo. Outra maneira é revisão da grade curricular dos cursos, tanto em universidades públicas como em universidades privadas. Nas públicas há um viés mais acadêmico. Mais preocupado em formar contadores para grandes companhias ou ser mestres e doutores em contabilidade, isto é, atuação como pesquisadores e lecionar. Entretanto, a realidade é que nem todos querem seguir essa linha. É compreensível num país em que grande parte das empresas são micro e pequenas. Muitos almejam ser donos de seus próprios escritórios ou trabalhar neles atendendo essa grande fatia do mercado. É preciso unir na grade curricular de faculdades e universidades teoria e prática. Mas, acredito que estamos caminhando e avançando para a chamada contabilidade consultiva.

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Olá, Sou Lucivando Coriolano. Bacharel em Contabilidade pela UFPE e Pós Graduado em Auditoria. Atualmente sou Contador de carreira na Prefeitura Municipal de Ipojuca (Grande Recife)

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